sexta-feira, 28 de agosto de 2015

NASCIMENTO de Jesus





Jesus nasceu em?

A História mostra que o imperador Tibério César foi empossado pelo Senado romano em 15/9/14.
Seu governo começou em 14 da Era Comum, portanto.

E a Bíblia mostra que, “no pleno limite de tempo” ou “No décimo quinto ANO do governo de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes (Ântipas) tetrarca da Galileia... apareceu João (Batista)...”, que depois de batizar o povo, batizou JESUS, quando tinha “cerca de trinta anos de idade”. (Lucas 3:1-3,22,23)

Nessa parte, Lucas cita 5 (cinco) autoridades políticas e 2 (duas) religiosas, que viviam na época. 
Ele tinha motivos para dizer que “tinha pesquisado as coisas, antes de escrever” (Lucas 1:1-4). Não é à toa que alguns consideram-no um historiador do nível de Tucídides, que foi tido como o mais exato do mundo antigo.

Foto do busto de Tibério, em Museu

Entretanto, como não podem negar a exatidão do ano 29 da Era Comum, em que Cristo apareceu, alguns críticos distorcem os fatos, procurando negar o ano em que ele nascera.
Para isso, dizem que o Rei Herodes, o Grande, morreu em 4 Antes da Era Comum e como ainda estava vivo quando o menino nasceu, pois tentou matá-lo ao ordenar “a matança das crianças”, Jesus só poderia ter nascido antes de Herodes morrer. 
Por esse raciocínio, Jesus teria nascido em 5 ou 6 AEC, um ou dois anos antes da “morte daquele rei”. Nesse caso, a Bíblia estaria errada ao dizer que, na ocasião do seu batismo, Jesus tinha “cerca de trinta anos”.

Para apoiarem esse argumento, baseiam-se em Josefo, historiador judeu do 1º século da Era Cristã. 
Ele disse que “... o Rei Herodes (o Grande) morreu depois de um eclipse, antes da Páscoa judaica”. 
E no ano 4 AEC realmente houve um eclipse lunar, parcial, de 36%, em Jerusalém, no dia 11 (ou 13) de março, como WK diz na fls. 317 do seu livro.
Todavia, Josefo não diz o ano desse eclipse e, nessa descrição que fez, poderiam se encaixar VÁRIOS anos, de 5 a 1 AEC, etc.

O mais provável, porém, é o que teria acontecido em 1 AEC, tendo em vista ter sido “... um eclipse TOTAL, que durou cerca de uma hora e quarenta minutos, no dia 8 (ou 10) de janeiro”. 

Tanto assim, que a morte do Rei Herodes é tida como ocorrida no mês judeu de “sebate”, que corresponde a janeiro/fevereiro em nosso calendário.
WK não cita este eclipse.
E se Herodes morreu naquele ano 1 (um), Jesus poderia, mesmo, ter nascido um ano antes, em 2 AEC, o que se harmonizaria com a sua idade de “trinta anos”, no ano 29 da Era Comum.

Portanto, o nascimento de Jesus NÃO se deu de 4 a.C. para trás, como os "críticos" dizem, MAS se deu no ano 2 a.C., como a Bíblia e a História dizem.

É muito fácil calcular o ano EXATO do nascimento de Jesus.
Como ele “apareceu” no ano 29, basta “contar trinta anos para trás”.

Porém, quando se calcula datas de “a.C. para d.C.” (ou vice-versa), NÃO se conta o “ano zero”.
Nesse período de 30 anos, a partir de 29, a conta seria:  29-30, ou -1, mas teria de se “tirar um”, por causa do “ano zero”.
Assim, precisaria “tirar um” do resultado da conta.
Do “resultado -1”, tirando-se um, daria 2 (ou -1-1).
A escala dos anos é “positiva” para “d.C.” e “negativa” para “a.C.”.
Nesse caso, como passou para a data NEGATIVA, na realidade se ACRESCENTOU um, pois os sinais negativos “menos” com “menos” dá “MAIS”.
Mas o “inverso” também daria certo.
Do ano 2 a.C. (ou -2) contando-se 30 anos, a conta seria (-2+30) e daria 28, que, acrescentando-se “mais um”, daria 29.

Portanto, na prática, BASTA “acrescentar um” ao resultado da “conta”, sem considerar os sinais aritméticos.
Quer a conta dê "negativa" ou "positiva", acrescenta-se UM ao resultado.

MAS esse “acréscimo” é apenas para a DATA “bater” com o Calendário Gregoriano, que é o mais usado no mundo, inclusive pelo Brasil.
O “acréscimo” é apenas para o CÁLCULO. As “datas” continuam as mesmas.

Jesus começou aos TRINTA ANOS, como o Cristo, porque a idade seria mais uma ligação entre ele e o antigo Rei Davi, que também fora ungido rei, por Deus, aos trinta anos.
O Rei Davi é um dos maiores personagens das Escrituras, pois é citado mais de MIL vezes nelas.
Todavia, muitos críticos NÃO queriam aceitar a existência dele.
No raciocínio absurdo que eles usam, acham que todas as citações bíblicas NÃO confirmam nada e que, "para se convencerem, precisam de outra prova além da Bíblia".

Assim, como também não se falava de Davi, fora das Escrituras, diziam que não tinha existido. Nem ele nem a sua "dinastia" (ou a sua linhagem), que ficou conhecida como "Casa (Real) de Davi"
Portanto, continuaram com esse argumento até 1993, quando foi descoberta em Tel Dan, norte de Israel, uma pedra com a inscrição "Casa de Davi". 

Achado de Tel Dan, onde consta “Casa de Davi”

Isso revelou um outro detalhe.
Revelou que a Estela de Moabe ou a famosa “Pedra moabita”, que havia sido  achada mais de CEM anos antes (ou em 1868), já trazia essa expressão “Casa de Davi”, mas que, por estar danificada, somente a redescobriram agora. 
Dizem que a linha que a continha estava interrompida e que só a redescobriram, porque fizeram uma restauração dela.
Isso mostra que, às vezes, por motivos vários e/ou convenientes, não mostram detalhes que comprovam o relato bíblico ou que mostram, apenas, partes deles.

Estela de Moabe, onde já aparecia a expressão “Casa de Davi”

Mostra também que se não fosse o achado de Tel Dan, em 1993, os "críticos" ainda estariam dizendo que Davi NÃO havia existido, até hoje.
O Rei Davi fora feito “tipo” ou SEMELHANÇA do futuro Cristo que, na carne, seria considerado como se fosse “seu filho”. 
Por isso, muitos Salmos que Davi escreveu, cumpriram-se exatamente em Cristo, como os de números 2 – 16 – 22 – 34 – 40 – 69 – 110, etc. 
Em algumas versões, seriam números 2 – 15 – 21 – 33 – 39 – 68 e 109.
Isso mostra, também, que as previsões existem mesmo, porque o que fora vivido e predito por Davi cumpriu-se em Cristo, cerca de mil anos depois!

Data pelos "cônsules romanos"

Quanto à data do nascimento de Jesus, Josefo ainda diz, com base no tempo dos “cônsules romanos”, que Herodes foi nomeado rei, por Roma, no ano 40 AEC. Já outro historiador, APIANO, diz que isso aconteceu em 39 AEC.
Josefo diz que Herodes recapturou Jerusalém 3 anos depois de nomeado rei e que morreu 34 anos após essa captura. Se Josefo contou o “ano de acessão” de Herodes como era feito com os reis judeus, o primeiro ano dele fora de “39 a 38”. A captura de Jerusalém, 3 anos depois, seria de “36 a 35” e a morte dele, 34 anos adiante, teria sido de “2 a 1 AEC”.
Além disso, Josefo diz que Herodes tomou a cidade 27 anos depois que o general romano POMPEO a tinha conquistado e Pompeu tomou-a em 63 AEC. Dessa forma, Herodes a teria recapturado em 36 (63 menos 27) e se ele morreu 34 anos depois de tê-la capturado, teria morrido em 2 ou 1 AEC (36 ou 35 menos 34).

Portanto, seja pelo eclipse ou pelo tempo dos “cônsules romanos”, parece existir sólida evidência de que Jesus nasceu no ANO 2 AEC, antes da morte do Rei Herodes, o Grande.

O importante a considerar, na cronologia bíblica, é que ela é de inteira confiança nas datas que REALMENTE interessam. Ela pode apresentar o que poderiam parecer pequenas diferenças ou não datar certos detalhes, porque isso não prejudicará em nada o entendimento do propósito divino. 
Não prejudicará em nada o entendimento do principal, mas REVELARÁ o que se passa com o leitor das Escrituras.

O leitor está "procurando" a historicidade dos FATOS bíblicos relatados ou está procurando uma forma de "ajustá-los" às suas conveniências?
Isso tudo é revelador e vêm à tona quando se faz uma pesquisa bíblica sincera, pois a própria Bíblia diz que "é VIVA e que percebe as intenções de quem a examina" (Hebreus 4:12,13).
Assim, os que "estudam" a Bíblia só para achar as suas falhas ou só para ajustá-la às suas conveniências, NUNCA a entenderão.
Por exemplo, ela não diz o DIA em que Jesus nasceu, o qual, para os homens, pode parecer importante, mas que para Deus não o é. 
Ela diz que os anjos anunciaram o nascimento de Jesus aos pastores, que estavam com os seus rebanhos no campo, à noite.
Embora nenhuma data seja mencionada, isso indicaria que o nascimento dele NÃO foi em dezembro, pois esse mês, por lá, fica na época de muito frio e geadas. Os animais, por isso, “não ficam fora, à noite”, sendo recolhidos aos currais.
Portanto, numa noite de dezembro, naquela região, os pastores NÃO estariam com os seus animais “fora, à noite”, para serem avisados (Lucas 2:8-14).


Anjos anunciando o nascimento de Jesus. NÃO foi em dezembro, pois neste mês, por lá, os pastores NÃO ficam "fora, à noite", visto que os animais são recolhidos nos currais, por causa das GEADAS e frio que acontecem por lá.

Em compensação, ela diz o dia da morte de Cristo (14 de nisã no calendário judaico antigo), pois somente essa data deveria ser relembrada pelos seguidores dele, a cada ano (1 Coríntios 11:23-30).
Todavia, às vezes por entendimentos errados ou por que querem, mesmo, acreditar assim, os CRÍTICOS não se curvam às evidências e a cada ponto provado a favor da Bíblia, inventam novos pontos, no esforço desesperado em desmenti-la.

Por exemplo, a Bíblia disse que “o vigésimo ano” de Artaxerxes foi em 455 AEC. Os críticos dizem que não foi. 

Porém, como visto, tudo indica que ela está certa (veja o post "Daniel escreveu...").

Então, forçados a admitir isso, dizem que Jesus NÃO nasceu em 2 Antes da Era Comum e que, por isso, ele não tinha “trinta anos” no ano 29. 
Assim, algo estaria errado. 
Contudo, parece que não há nada de errado com essas duas datas.
Daí, forçados a admitir isso outra vez, dizem que as autoridades citadas no “15° ano de Tibério” estão ERRADAS. 
Provado que não estão, partem para nova contestação.
E assim vão criticando indefinidamente, geralmente sem muita base.

Digno de nota é que essas críticas tornaram-se fortes, de uns duzentos anos para cá (ou dos "anos 1800" para cá).
Entretanto, na época em que aconteciam, aqueles fatos bíblicos eram aceitos sem problema algum, mesmo porque as evidências, as TESTEMUNHAS e os registros estavam todos por lá, para comprovação.


Não se podia desmentir os fatos da maneira, até irresponsável, que tentam fazer hoje. Até parece que, atualmente, “conhecem” mais daquele tempo do que aquelas próprias pessoas que viveram nele.





Crédito das IMAGENS: Postagens da Internet



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